terça-feira, 10 de novembro de 2015

Presa em um Pesadelo.

    Carla é uma operadora de Call Center  que trabalha no período da noite, porem é em um local distante de sua casa. Depois de um dia de trabalho, já eram 23:40 então  ela se desloga do sistema e bate o dedo , caminhando sentindo ao elevador a menina aperta o botão e aguardar. Durante os poucos instantes que ela espera  o mesmo, ela se vira e olha a central onde trabalha por alguns instantes, só tem uma única pessoa lá, Júnior, do SAC. 
     "Quinto andar" - Diz a voz feminina do elevador, uma gravação para orientar as pessoas dos andares, e assim Carla entra e aperta para Térreo, porem ela nota que o elevador sobe. 
  - Ham? Como assim? - diz Carla sem entender apertando novamente o térreo, afinal, não havia mais ninguém no prédio aquela hora. 
    " Sétimo andar" - Diz novamente a voz feminina, Carla sem ligar muito, tenta relevar, talvez seja algum defeito no elevador. A porta se abre e  está tudo escuro, não há ninguém, e então a porta de fecha. 
      A adolescente então decide apertar só mais uma vez o botão do térreo, e assim fez.  O elevador novamente sobe, e as luzes começam a piscar. Carla apavorada, solta sua bolsa e tenta pensar em um modo de pedir ajuda,afinal como reagir diante de uma situação destas sendo que nunca aconteceu com você! E então  o elevador para, as luzes apagam... porem não há voz feminina... e a porta abre. 
    - Que andar é este? - Pensa a menina, após alguns instantes encarando o escuro, ela decide procurar o seu celular,passando as mãos nos bolsos da calça, porem lembrou que havia deixado o mesmo carregando na sua  mesa de trabalho. - Droga! 
     -... Saia garotinha... saia.. - Diz uma voz rouca em um sussurro.
    A menina de apenas 17 anos fica sem saber o que fazer, então sente um vento gelado e leve tocar sua pele após invadir o elevador, isso a fez pensar que talvez não estivesse mais no prédio, então ela decide sair. 
    Após dar um passo para frente, deixando a bolsa dentro do elevador, ela sai... tentando  encarar o medo. Talvez aquela voz fosse de alguém também com medo,e duas pessoas poderiam então ter coragem e sair dali. Ela pergunta novamente tentando mostrar que não está com medo : Que andar é este? - Alguém sussurra : O da morte. 
      - O que? Eu só quero ir pra casa, chega dessa brincadeira de mal gosto! - A menina então se vira,e nota que o elevador sumiu, e  então nota vultos, de algo escuro passando dentro da própria escuridão. - Saiam daqui! 
     E então uma luz acende,e ela enxerga um corredor. Semelhante ao daqueles sanatórios, e uma mulher entrando em uma das primeiras salas , então ela começa a correr, correr e correr mas não chegava nesta mulher ,então  ouve um barulho de arranhões,era algo que dava agonia aos ouvidos,pois vinham, junto com gritos de agonia ,ao olhar para traz,ela vê  uma mulher parada, mas o barulho de arranhões e gritos de agonia não param. Então ela volta a correr, correr já chorando de desespero, afinal, aquela mulher ali parada a causava muito medo.
 


   - Venha até mim garotinha, me deixe tomar sua vida! - Diz a voz rouca e velha, logo terminando com uma gargalhada. 
    - Me deixem em paz! - Carla grita e continua correndo, notando que desta vez ela se afasta da mulher, e então entra na sala aonde havia visto a enfermeira. - Senhora, me ajude por favor! 
      A enfermeira continuava de costas, e então a menina já sem fazer muito barulho... se aproxima devagar . - Moça.. - Diz ela numa voz baixa ainda chorando um pouco. - Me ajuda, como faço para ir embora daqui? Tem telefone? - E então  a mão de Carla se aproxima mais da  enfermeira, tocando seu ombro e então ela vira.                  
 

      Oh Deus! Socorro! - Carla continua a correr já sem forças, pelo cansaço e por todo o medo que está sentindo, e então todas as luzes apagam novamente. Carla sente um vento gelado percorrer pelo seu corpo, e vozes de dor e agonia, e mais uma vez sussurros chamando pelo seu nome. Então ela olha em volta, na intenção de tentar ver algo, mas sem sucesso. 
        - Socorro! - Continua ela a gritar. Carla  decide tentar andar no escuro, e vai dando passos lentos, tateando com a ponta do pé antes de pisar  e foi assim a cada passo,e as vezes alguns dos  gritos de agonia parecia estar sendo dado ao seu lado. Aquilo a deixava arrepiada, e as lágrimas não paravam de cair. "Porque aquilo estaria acontecendo comigo?" - E continuava já sem saber o que fazer, pois sabia que estava sozinha, não teria ajuda de ninguém para sair daquele lugar. 
         Carla, Carla... - Diz uma voz mais doce de repente,e, então ela olha talvez por instinto e esperança, e atrás dela havia uma garota  branca, com um vestido branco, sem olhos e boca cheia de sangue, aquilo fez com que Carla gritasse e saísse correndo, mas logo a menina pisa em falso e torce seu pé, e então começa um barulho semelhante ao de insetos andando em grupo, um numero grande e a mesma sente como se subissem pelo seu corpo, tentando  tirá-los de cima de si mesma começa a dar tapas e passar a mão. Logo se levanta gritando  bastante desesperada e tenta correr, notando que pisa em alguns, ouvindo estalos, seriam baratas? Nesse momento em que ela se perde em perguntas e lágrimas tentando sair dali sem ao menos enxergar nada além da mulher de branco ela cai em um buraco, bastante fundo porem sem chances de deixá-la subir.
   Mas era de terra, ela poderia tentar cavar,e assim fez. Tentou e tentou,sentindo a terra entrar dentro das suas unhas, Carla chorava, mas apenas queria sair daquele lugar horroroso.
  Carla se abaixa tentando buscar conforto dentro do buraco, ele era muito apertado,mas dava para ela se abaixar e abraçar suas pernas, por alguns instantes enquanto chorava,ela começou a se sentir observada, e tentou procurar com os olhos  alguém que pudesse estar a olhando,e , então  ela percebe olhos, vermelhos e amarelos e vai sentindo terra cair de cima para baixo, para cima dela. 
      - Me deixem em paz! Meu deus,me ajude! - E então ela abaixa sua cabeça, encostando sua testa em seu joelho, abraçando as próprias pernas mais forte já sem controlar seu choro,pois sua cabeça doía,aquilo era um pesadelo! 
     A terra jogada ficava mais forte, era uma quantidade maior, será que iriam enterrá-la viva? mais terra, mais.. e mais, e a única coisa que se ouvia era os gritos de Carla. 
     Ao notar que iriam enterrá-la viva, a garota se levanta e tenta subir novamente cavando  buracos na parede para que possa escalar, mas sem sucesso,era uma terra dura, e ela já estava ficando sem ar e sem conseguir se mexer, e jogavam mais terra, ela ficou apenas com a cabeça de fora..mais alguns minutos e nada mais  daria para se ver da menina, 
    Pare por favor, pare,faço o que quiser! - Gritava Carla na tentativa de ter ao menos uma chance de se livrar dali. 
     - Lhe darei um conselho moça, tente acordar! - E uma nova gargalhada começa, mas era grossa, como uma voz gutural,e então a terra começa a cair em seu rosto, entrar em seus olhos, boca e nariz e ela tentava respirar, mais só vinha o cheiro da terra molhada. Espera!, não era apenas terra, tinha algumas larvas também, ela sabia, podia sentir, elas entravam dentro de sua boca e nariz, uma delas até estava machucando um de seus olhos, Carla não iria aguentar. 
      Aaaaaaah- Era seu grito de dor ,agora era Carla, morrendo lentamente enquanto estava sendo comida pelas larvas até que a que machucava seu olho, entrou dentro do mesmo causando uma dor insuportável e então Carla Acorda em um susto, nota que estava cochilando apenas em sua mesa... Carla se levanta  e  Júnior estava lá, suspirou mais calma  e seu celular despertou, eram exatamente 23:40.  
    - Ei, vai embora cara, você dormiu o tempo todo. ha ha - Diz ele como sempre brincando com ela. 
    - Aham...ta.. - Diz Carla sem entender, pra ser sincera,  sem animo algum para brincar. Então pegou suas coisas e bateu seu dedo no ponto de marcação de sua empresa. Lembrou do celular e voltou para buscar. Assim que ela pega o aparelho, as luzes apagam,a sensação de medo volta no mesmo instante. 
    Carla sem pensar duas vezes, decide ir de escada, pois tinha o celular em mãos, ativa a lanterna do mesmo e desce as escadas, porem,ela começa a ouvir barulhos estranhos, de ossos  sendo quebrados ou deslocando,e então acelera os passos daquela escada que não terminava, já sentindo o desespero voltar ela continua a descer as pressas  até que sem querer ela torce o tornozelo e cai, tudo fica quieto, um silencio ... que é quebrado com um barulho de cascos  correndo e logo pegando  o tornozelo quebrando dela e puxando-a para o escuro a dentro.
      O Celular de Carla desliga a lanterna, e a voz feminina do elevador fala : " Térreo" 




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Meus chuchuzinhos gostaram do conto? Este foi mais um conto de minha autoria: Mianaahi W. Alberack. // Logo aqui no blog irei fazer algumas reformas junto ao meu marido Mal'akh C. Alberack, para deixá-los com uma participação maior. Fiquem acompanhando. Se gostou deste conto,compartilhe e comente. 
Logo teremos novidades. 
Beijos da Bruxa <3

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