Bom dia leitores e leitoras de Engelsblüt,
Nós, Mal'akh C. Alberack e Mianaahí W. Alberack, pedimos desculpas pela demora quanto à postagem na página, estivemos com alguns problemas e nos impossibilitou de postar qualquer coisa.
Mas vamos lá que hoje trago à vocês um conto de terror.
Divirtam-se ao sabor da Casa.
"
- Na noite tudo cria vida; todas as coisas inanimadas vêm a desiludir
tal palavra. Até mesmo as coisas mais inimagináveis criam vida... Não
concorda, casa querida?".
Numa noite de luar,
perdida entre as florestas densas de Paranapiacaba, existe uma casa; uma
casa coberta de musgos e a anos, abandonada. Diz a lenda, que seus
antigos donos ouviam o farfalhar das folhas das árvores se agitarem
próximas da casa, ouviam sussurros de vozes que viam com os ventos,
soprando os murmúrios e lamentações daqueles que habitam o mundo dos
mortos... e hoje, contarei uma dessas histórias:
Após
longos segundos, tudo ficou no mais límpido silêncio. Até o cair das
folhas podia ser ouvido. E então apenas um grito lá de dentro:
- Não entrem, ou vão sofrer como eu sofri!
A
voz claramente era a de Kelly, mas preocupados, alguns saíram correndo,
deixando apenas a pequena Michelle de pé em frente a porta aos
prantos...
- Kell... Kell? - pergunta em meio de soluços a criança - Você está ai Kell?
Ela
então segura em um dos lados onde deveria haver uma porta e sente o
cheiro de algo velho, antigo. E resolve entrar para procurar sua irmã.
Sabia que se voltasse para casa sem ela seus pais ficariam preocupados. Por que você não nos visou que iriam para lá? Vocês são burras? Já disse para as duas não irem para a casa abandonada!, Michelle até já podia ouvir a voz do pai brigando com ela.
Michelle entra na casa e vê tudo mobiliado, mas o que aconteceu aqui? Antes,
a casa inteiramente caindo aos pedaços, agora se transformara em um
belo casarão. Com ornamentos de época e uma música que Michelle não
sabia reconhecer. Mas que estranho, isso não estava aqui a alguns minutos atrás... pensa consigo mesma que está dormindo. Provavelmente irei acordar daqui a pouco de pijama e toda molhada de medo...
Ela
então sobe para o segundo andar, por uma escada ornamentada com o que
parecia mármore branco com entalhes de anjos, mas todos sem suas vestes
normalmente usadas, eles estão... nus. Lá em cima, vislumbrara todas as sensações de: encanto e pavor; e tudo que está por esses extremos.
Mais
à frente, um corredor se estendia, dando acesso a apenas uma única
porta de bronze, nela, ornamentos que Michelle não sabia distinguir o
que eram palavras de meros "desenhos". Se eu fizesse isso na porta de casa, pensou, papai e mamãe iriam me bater...
- Kelly? Você está aqui?
De
repente, Michelle ouve alguns sussurros vindo por detrás da porta. Se
aproxima mais, e batidas fracas, no que pareceu, no chão do andar
abaixo, mas não arriscou olhar. Prestes a tocar a maçaneta, a porta se
abre vagarosamente e apenas um filete de luz se projeta para fora do
cômodo. Um leve farfalhar atrás, a faz olhar, mas nada vê. Seguindo seus
instintos de curiosa, como qualquer criança, Michelle então adentra o
local.
Nossa, que escuro, pensa após entrar na
sala imersa em um breu total. Quando menos esperava, a garota se
assusta, ao ascender de uma chama de vela no meio do aposento. Após
alguns segundos, Michelle se aproxima da chama que ao tentar tocá-la, a
mesma se afasta e como se por magica, se transporta para outro canto da
sala.
Novamente, Michelle tenta pegar a vela, mas, como da última vez, de súbito, parte para outro lado.- Eu cancei de brincar! - grita Michelle.
Então Michelle vislumbra a vela flutuar acima de sua cabeça. Atrás da chama da vela, uma face assustadora, que a fez ir para trás. A face, meio deformada de uma mulher emergiu das sombras e à luz da única iluminação do quarto, seus olhos brancos brilhante cintilaram perante a luz da chama e num sorriso macabro... se apaga.
Nesse momento, Michelle solta um grito, ao sentir uma mão espectral e fria, grande e áspera lhe agarrar o pescoço. Por um momento, sentiu que ficaria sem ar, e tentando forçar a mão espectral soltar-lhe, mas em vão, fechou os olhos, sou muito pequena para tentar fugir, pensou. Logo, a sensação de ar entrando por seus pulmões foi fazendo-a abrir os olhos e ver uma luminosidade tão intensa, que juraria estar próxima do sol.
Ao acostumar os olhos à claridade intensa do ambiente, Michelle percebe que está rodeada por pessoas de branco, com máscaras e em suas mãos segurando velas e vindo em sua direção.
Após um momento de pânico, Michelle grita e corre na direção das pessoas que não saem do lugar, mas Michelle passa POR ENTRE elas. Encontrando a porta, Michelle a abriu e correndo até as escadas, percebe que ela sumiu.
Olhando para trás, vê que as pessoas estão andando em sua direção. Com o medo enchendo-lhe a mente e as pernas já tremendo, que não mais conseguia aguentar, jogou-se ao chão, no andar debaixo.
Michelle, pensando no tombo que tomaria, esqueceu-se de abrir os olhos, e ao aterrissar, não sente dor, mas um leve choque ao sentir algo macio, por sob seu corpo. Ao abrir os olhos, Michelle vislumbra onde caiu.
O corpo de Kelly está estirado ao chão, sua cabeça virada em 180º, com olhos aterrorizados, fitavam os de Michelle, que logo se levanta e vê o ambiente cheio de pessoas mascaradas e com velas em suas mãos.
- Minha querida Michelle - diziam as vozes em uníssono - venha para nós, estamos aguardando a chega da Escolhida.
- Me deixem em paz, eu quero sair daqui - gritava protestando Michelle quando se ergueu e, girando nos calcanhares olhando para todas aquelas criaturas horripilantes a sua volta - Me deixem passar, não quero mais ficar aqui!
- Venha para nós, Escolhida. Venha e terá a vida eterna como nós.
Michelle consegue, então, vislumbrar a saída, sua única chance seria passar por todos ali e correr em direção à porta. Num momento angustiante, quando não mais sentia medo, mas foi inundada de determinação, Michelle, de solavanco, corre em direção às pessoas.
Sei que posso passar, pensou, e vou passar!
Inesperadamente, ela esbarra nas pessoas.
- Não pode sair, querida - diziam as vozes - venha para nós!
Nesse momento, as pessoas se aproximaram mais e mais rápido, até formarem um círculo em volta de Michelle. Sem saber o que fazer, ela só consegue se abaixar e fechar os olhos. Por alguns instantes, pensou ter escutado um farfalhar e murmúrios, quando então, um silêncio estrondoso tomou conta do andar...
Ao abrir seus olhos, Michelle se vê de pé, encarando todos a sua volta. Eles então olham para ela com um ar de desconfiança e horror, Michelle, sem saber direito o que fazer, tenta andar, mas algo a prende no chão. Vendo sua condição, o círculo então se aproxima de Michelle que imediatamente fecha seus olhos e como por reflexo, quando a primeira mão se estendeu até ela, se jogou no chão, onde todos a sua volta perceberam a chance...
Poucos segundos depois, uma dor lascinante invadia todo o corpo de Michelle, sentia sua carne sendo tirada de seu corpo; sentia seus dedos inteiramente sendo destroçados e arrancados de suas mãos; seus pés... bem, nem mais os sentia mexer. E foi então que abriu seus olhos e viu todas as pessoas em volta de seu corpo.
Estava em cima de uma pedra entalhada, que mais parecia um altar. A sua volta não mais via a casa mobiliada de antes, mas a abandonada casa que vieram visitar. Aos gritos e murmúrios, não largaram sua carne, Michelle tenta se mover, mas vê que está amarrada dos pés à cabeça e clama por ajuda, mas nada nem ninguém poderá a ouvr, já que aquele local era isolado e não haviam motivos para alguém vir até ali. Exceto nós, pensou em meio ao choro de dor, os curiosos...
Já perdendo sua consciência, Michelle, apenas clama que não demore mais para que seu fim chegue; já estava suportando dores por muito duradouras e não queria mais aquilo. Eu quero acordar, repete implorando, quero acordar e ver que tudo não passou de um sonho...
E então seu mundo se apaga, e como num último suspiro, ouve a voz de sua irmã...
- Venha Michelle... venha para junto de mim, mamãe e papai te esperam.
OBS: Conto de minha autoria, Mal'akh C. Alberack . Por favor não copie! Mas
comente o que achou. Mandem sugestões para o email :
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