Olá meus queridos, como tem passado?
Antes de mais nada, quero lembrá-los de que na quarta-feira, dia 06 de Julho de 2016, às 20 horas, estrearemos o programa TERROR EM ENGELSBLÜT na Acidic Infektion. Acessem o site acidicinfektion.com e ouça-nos com muita coisa bacana. Ouçam também pelo TuneIn, só baixar pelo seu aparelho celular e curtir uma noite macabra conosco!
Bom, como prometido, a seguir apresento para vocês sobre a história de um psicopata americano dos anos de 1928 nos Estados Unidos.
Apreciem sem moderação....
História
Albert Fish nasceu em Washington no dia 19 de maio de 1870. Fish tinha 5 anos quando seu pai morreu de ataque cardíaco e sua mãe o colocou em um orfanato. No orfanato ele era frequentemente agredido, descobriu que gostava da dor física e começou a ter ereções quando era agredido, o que o influenciou a gostar do sadomasoquismo. Aos 7 anos sua mãe o tirou do orfanato, assim que conseguiu arrumar um emprego. Aos 9 anos, Fish caiu de uma cerejeira e machucou seriamente a cabeça, o que mais tarde causaria dores e pequenos problemas mentais.
Um ano depois do casamento eles mudaram-se para Nova York, onde Fish começou a ter relações sadomasoquistas com outros rapazes. Em Nova York ele começou a estuprar crianças e a participar de “atividades bizarras”. Fish começou a trabalhar como pintor e continuava a molestar rapazes, a maioria com menos de seis anos. Um dia, um de seus amantes levou-o a um museu de cera, onde Fish ficou fascinado com a bissetriz de um pênis. Pouco depois desenvolveu um interesse mórbido por castração. Durante uma relação com um homem mentalmente retardado, Fish tentou castrá-lo, mas o homem assustou-se e fugiu.
Em janeiro de 1917, sua mulher fugiu com um aluno interno chamado John Straube. Depois disso Fish começou a ouvir vozes. Sua mulher voltou uma vez, trazendo Straube junto, e Fish aceitou-a com a condição de mandar seu amante embora. Mais tarde, ele descobriu que sua esposa estava mantendo Straube no sotão e ela partiu após uma discussão tempestuosa para nunca mais voltar.
Depois da partida de sua esposa Fish mudou muito seu comportamento. Aparentemente sujeito a alucinações, ele balançava seu punho em direção ao céu e gritava “Sou Cristo!”. Obcecado com pecado, sacrifício e reparação pela dor, Fish encorajou seus filhos e seus amigos a espancá-lo até sua nádegas sangrarem. Por conta própria ele inseria diversas agulhas em sua virilha, perdendo algumas de vista. (um raio-x na prisão revelou 29 agulhas inseridas em sua região pélvica, algumas corroídas pelo tempo, como meros fragmentos.). Em outras ocasiões, Fish embebia bolas de algodão em álcool, inseria-as em seu ânus e colocava fogo, também já chegou a colocar caules de rosas com espinhos em sua uretra, onde sentia muito prazer, segundo ele pouco depois de sua prisão.
Embora nunca tivesse se divorciado de sua primeira esposa, Fish casou-se mais três vezes, usufruindo de uma vida sexual que os psiquiatras do tribunal descreveriam como uma das “perversidades sem paralelo.”
Em 1928 Albert Fish sentia o coração acelerar, ao ler o anúncio de jornal que tinha nas mãos. Tratava-se de um jovem, Edward Budd, oferecendo seus serviços. Era a oportunidade que esperava para agir novamente. Fazia anos que escolhia as crianças e os jovens que levaria com ele, em cada um dos 23 estados americanos em que havia morado. Sua aparência o ajudava bastante, pois, grisalho desde jovem, era sempre tomado por um senhor de certa idade, incapaz de alguma maldade.
Sem perder tempo, contatou opai do rapaz que colocará o anúncio e marcaram um encontro para entrevista. Usou o pseudônimo Frank Howard e se apresentou como fazendeiro. Mal se conteve até o dia marcado para conhecer finalmente sua próxima vítima. Entrevistou Edward e mais um colega, Willy, e sem perder tempo contratou logo os dois garotos e viria buscá-los no próximo fim de semana, quando os garotos estariam com todas as coisas prontas para a viagem.
Sem perder tempo, Fish levou a pequena Grace para uma viagem de trem e desceu na estação de Worthington. Excitado ao ver os planos macabros que tinha em mente para ela, quase se esqueceu da maleta com todos os instrumentos que comprara para castrar suas vítimas iniciais. Sorrindo para a garotinha que o havia lembrado de seus pertences, rumou em direção para uma casa vazia em Westchester, chamada Wisteria Cottage, lugar previamente escolhido para praticar seus desejos insanos.
A Carta e a Investigação
Seis anos depois de Grace Budd desaparecer, o caso ainda estava aberto, mas ninguém mais esperava que ela fosse encontrada, nem mesmo seu raptor, Apenas um homem, o detetive William F. King, continuava a trabalhar incansavelmente. De vez em quando, em conjunto com o jornalista Walter Winchell, plantava uma notícia falsa sobre o andamento das investigações no jornal para que o assunto continuasse em pauta, numa frágil tentativa de não deixar o caso cair no esquecimento. Assim foi veiculada a notícia, em novembro, de que em breve surpresas seriam reveladas pelo Departamento de Pessoas Desaparecidas.
Dez dias depois, Delia Budd, mãe de Grace, recebeu uma carta. Por sorte e por causa do seu analfabetismo, entregou-a sem ler ao filho, Edward Budd. O rapaz completamente chocado e perturbado com o conteúdo da leitura, apressou-se em entregar a carta ao detetive King. O conteúdo da carta era o seguinte:
"Minha querida sra. Budd,
Em 1884 um amigo meu embarcou como trabalhador braçal de convés no navio Steamer Tacoma, o capitão John Davis. Eles velejaram de San Francisco para Hong Kong, na China. Quando chegaram lá, ele e dois outros foram para terra e ficaram bêbados. Quando voltaram, o navio tinha ido embora. Aqueles eram tempos de fome na China. Carne de qualquer tipo custava de 1 a 3 dólares a libra. Tão grande era o sofrimento entre os muito pobres que todas as crianças com menos de 12 anos foram vendidas como comida, para manter os outros não famintos. Um menino ou menina de menos de 14 anos não estava seguro nas ruas. Você poderia ir a qualquer loja e pedir um bife, cortes de carne ou picadinho. Do corpo nu de um menino ou menina seria trazida exatamente a parte desejada por você, que seria cortada dele.
A parte de trás de meninos ou meninas é a mais doce parte do corpo e era vendida como costela de vitela, no preço mais alto.
John ficou lá tanto tempo que adquiriu gosto por carne humana. Quando voltou para Nova York, ele roubou dois meninos de 7 e 11 anos. Levou-os para sua casa, tirou a roupa dos dois e os amarrou nus no armário. Então queimou tudo deles. Inúmeras vezes, todo dia e noite, ele os espancou e os torturou para fazer com que sua carne ficasse boa e tenra.
Primeiro ele matou o menino de 11 anos, porque ele tinha a bunda mais gorda e, é claro, mais carne nela. Cada parte do corpo foi cozida e comida, exceto a cabeça, os ossos e as tripas. Ele foi assado no forno (todo o seu lombo), fervido, grelhado, frito e refogado. O menino pequeno era o próximo, e tudo aconteceu da mesma maneira. Nessa época, eu estava morando no 409 na 100 Street, perto do lado direito. Ele me falou com tanta frequência como a carne humana era gostosa, que eu decidi prová-la.
No domingo 3 de junho de 1928 telefonei para vocês no 406 w 15 st. Trouxe-lhes um pote de queijo e morangos. Nós almoçamos. Grace sentou no meu colo e me beijou. Eu me convenci a comê-la (naquele momento), com a desculpa de levá-la a uma festa. Você disse sim, ela poderia ir a festa comigo. Eu a levei a uma casa vazia em Westchester que já tinha escolhido. Quando chegamos lá, disse a ela para ficar no quintal. Grace colheu flores selvagens. Eu subi as escadas e tirei toda a minha roupa. Sabia que, se não o fizesse, ficaria com o sangue dela nas roupas. Quando eu estava pronto, fui até a janela e a chamei. Então me escondi no armário até a menina entrar no quarto. Quando ela me viu completamente nu, começou a chorar e tentou correr escadas abaixo. Eu a agarrei e ela disse que ia contar para a mãe dela.
Tirei a roupa de Grace, deixando-a nua. Como ela chutou, mordeu e arranhou! Eu a asfixiei até a morte, então a cortei em pequenos pedaços para poder levar a carne para meus aposentos. Cozinhei e comi aquilo. Como era doce e tenro seu pequeno lombo assado no forno. Levei nove dias para comer seu corpo inteiro. Eu não fodi a menina, embora pudesse tê-lo feito, se tivesse desejado. Grace morreu uma virgem".
Junto com a carta, Fish enviou uma "receita" de como fez para cozinhar e assar a pequena criança Grace, que não vamos disponibilizar aqui por motivos óbvios.
Ninguém quis acreditar que aquela carta era verdadeira. Todos ficaram chocados com a descrição fria de uma mente perversa, narrando o assassinato da pequena Grace com tantos detalhes. Como se não bastasse, o assassino abominável ainda enviou a receita que utilizou para canibalizar a vítima, relatando seus inimagináveis atos à mãe dela.
A caligrafia da carta endereçada a Delia Budd também foi comparada à resposta ao anúncio colocado no jornal por Edward, irmão de Grace, em 1928. O tal Frank Howard, seis anos antes, respondera ao jornal Wester Union, e com certeza se tratava da caligrafia da mesma pessoa.
Prisão e novas descobertas
No dia 13 de dezembro de 1934, a senhoria telefonou para o detetive King dizendo que o antigo hóspede estava na pensão procurando pela carta.
O velho homem estava sentado tomando uma xícara de chá quando a polícia chegou. Fish ficou de pé e, quando questionado, confirmou para King quem era. De repente, enfiou a mão no bolso e tirou uma lâmina de barbear. Sem perder tempo e já furioso, King agarrou a mão do velho e torceu-a rapidamente: - Agora eu te peguei! – disse triunfante. Vários homens da lei e psiquiatras acompanharam as confissões de Albert Fish. Elas foram censuradas com severidade para a imprensa por causa de seu conteúdo chocante. O que aconteceu na casa de Wisteria Cottage foi o descrito por Albert Fish na carta para a Sra. Budd. Ao retornar ao local do crime com a polícia para o resgate dos restos mortais da menina, Albert, sem nenhum traço de emoção, observou o trabalho dos policiais, impassível.
Os Budd (pai e filho) foram levados à polícia para identificar Fish como sendo a mesma pessoa que denominava-se Frank Howard. Apesar do descontrole dos dois, Fish não se alterou. Aquele estava longe de ser seu único crime. A ficha criminal de Fish não era nada pequena. Desde 1903 havia registros de prisões por furto, envio de cartas obscenas, crimes de baixo poder ofensivo. Ele estivera internado em instituições mentais mais de uma vez.Em julho de 1924, o garoto Francis McDonnell, 8 anos, brincava com seus amigos em frente a sua casa em Staten Island. A mãe, que sempre pajeava o filho, viu algumas vezes um homem velho, de cabelos e bigode grisalhos, observando os garotos que brincavam. Certa tarde o velho chamou Francis, que se afastou com ele, enquanto os outros meninos continuaram a jogar bola. Um vizinho distante diria depois que viu os dois entrando em um matagal, o velho atrás do menino.
O desaparecimento do garoto só foi percebido na hora do jantar. Seu pai, um policial, organizou imediatamente uma busca junto a seus companheiros por todo o perímetro. O menino foi encontrado na mata, debaixo de alguns galhos de árvore, agredido com brutalidade. Suas roupas haviam sido arrancadas, estavam despedaçadas e ele foi estrangulado com seu próprio suspensório. Fora surrado de forma tão violenta, que seu pai e companheiros, concluíram que poderia ser este senhor descrito, não fosse tão frágil, ou estava acompanhado de mais alguém. As investigações se concentraram na descrição feita pela mãe do menino sobre o velho que naquela manhã fora visto em frente sua casa. Era idoso, esguio e tinha cabelo e bigode grisalhos. Os policiais apelidaram-no de Homem Grisalho.
Outra testemunha importante também compareceu à delegacia, um senhor de Staten Island, que identificou Fish como o homem que quis atrair sua filha de 8 anos para um matagal localizado não muito longe de onde Francis McDonnell foi assassinado. A menina teria sido abordada apenas três dias antes do assassinato do menino.
Fish também foi identificado como o home que matou a menina de 15 anos, Mary O' Connor, em Far Rockaway. Seu corpo foi encontrado em um matagal perto da casa em que Fish estava trabalhando como pintor de parede. Depois de reconhecido, Fish confessou coisas impensáveis que tinha feito com Billy Gaffney, inclusive forneceu várias receitas que utilizou para comê-lo. Não foi difícil concluir que estavam lidando com um compulsivo molestador de crianças. Os promotores do caso tinham a convicção de seu envolvimento em ataques a pelo menos 100 crianças, enquanto Albert, alegou em confição que foram mais de 400. Ele viveu em 23 estados americanos e disse ter matado pelo menos uma criança em cada local que morou.
O Homem Grisalho, depois de anos, fora finalmente encontrado.
Julgamento e morte
Albert Fish foi morto na cadeira elétrica |
Os psiquiatras da defesa o diagnosticaram psicótico paranóico. Já os da acusação o consideraram mentalmente são.
Os advogado de defesa, James Dempsey, adotou como estratégia tentar provar a insanidade de seu cliente. Queria demonstrar que Fish sofria de uma demência comum em pintores de parede, chamada lead colic (intoxicação por chumbo, contido nas tintas antigas). Para isso, colocou no banco de testemunhas todos os seis filhos de Fish, que reflataram sobre as autoflagelações do pai a que assistiram durante a infância.
Dempsey também chamou para depor pela defesa o psiquiatra Dr. Wertham, que relatou como no início dos trabalhos achava que Fish estaria mentindo e exagerando sobre as histórias que contava, em especial quando revelou que durante anos enfiava agulhas em seu corpo, na região entre o ânus e o escroto. No começo, ele descreveu como colocava e tirava as agulhas, mas algumas vezes enfiava tão profundamente que a sua retirada se tornava impossível. Depois dessa história, o médico decidiu colocar Fish à prova e solicitou raios X da região pélvica: foram encontradas pelo menos 29 agulhas no seu corpo.
Raio-X de Albert Fish, mostrando as várias agulhas que usava para se sodomizar |
A estratégia da acusação, por intermédio do promotor Elbert F. Gallagher, foi demonstrar que Albert Fish era mentalmente são, apesar de ser um psicopata sexual. Ele tinha clareza do que fazia, premeditou o crime comprando instrumentos para executá-lo e, ao sequestrar e matar Grace Budd, tinha perfeita consciência de que agia errado. Fish, segundo a promotoria, era dono de uma memória ótima para sua idade e tinha consciência absoluta de onde estava e com quem. Querer provar que aquele homem não sabia o que fazia na hora do crime, para a acusação, era quase um desaforo.
Gallagher pediu que funcionários da corte trouxessem uma caixa com os estos mortais de Grace Budd. Em plenário, abriu-a e de lá, retirou o crânio da criança e mostrou para todos os presentes. A defesa solicitou um recesso imediatamente.
Ao final de julgamento tão controverso, Albert Hamilton Fish foi considerado mentalmente são e culpado por assassinato premeditado. Por ser sadomasoquista, adorou ter sido sentenciado a morte em cadeira elétrica. Foi eletrocutado na prisão de Sing Sing, Nova York, em 16 de janeiro de 1936. Foram necessárias duas descargas elétricas para matá-lo, pois as 29 agulhas alojadas em seu corpo ao longo de toda a vida causaram um curto circuito na cadeira elétrica.
Sua última frase foi sobre sua eletrocussão:
- A emoção suprema. A única que nunca experimentei...
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*Parte da pesquisa foi retirada do blog: Loucos e Perigosos
Eai galerinha, curtiram o post de hoje? Então esperem que virão muito mais por ai!
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