terça-feira, 15 de março de 2016

Conto do Leitor: Gabriel Toreador

Boa noite queridos e queridas de Engelsblüt...


Na data de hoje, recebemos um e-mail de um dos nossos leitores, o Gabriel Toreador com um conto de sua autoria e queremos compartilhar com vocês

Queremos agradecer ao Gabriel pelo conto que gostamos muito e queremos convidar a você leitor que escreve e queira compartilhar conosco para que postemos aqui, nos envie um e-mail com seu conto e se identifique para podermos postar. O e-mail para envio é o: terroremengelsblut@gmail.com esperamos sua participação.

 

 

O escrivão sentado em sua mesa começa a datilografar:

  Osasco. São Paulo. 26/03/1978.  15:18.

O delegado, conhecido como "japa", fica de pé atrás da cadeira onde está Souza o coletor.

  - Seu Souza, que bom que decidiu abrir o bico, quero que me dê todos os detalhes do ocorrido.
 
  - Seu japa, eu juro pela minha mulher e meus filhos que não planejei nada, não foi premeditado. Poh, eu estou confessando, me quebra esse galho!

  - Desembucha logo rapaz! Premeditado ou não, você irá apodrecer na cadeia! Agora abre o bico.

  Hunf... Suspira Souza arrependido. E logo prossegue sua confissão. O barulho da máquina de escrever só lhe deixava mais tenso.

  - Foi numa quarta-feira seu japa, me despedi da minha mulher e dei um beijo nos meus filhos que estavam dormindo, Faço o turno da noite na coleta. Peguei o ônibus e fui pra central, lá encontrei os colegas e peguei as chaves do caminhão. Sempre que passava pela represa via a dona Fátima levando o lixo pra fora com seu neto Giovanni, o garoto deveria ter uns 7 anos, a idade da minha filha do meio, e era fascinado por caminhões.  Como de costume ela sempre me dava um copo d'água, e seu netinho me enchia de perguntas.

  - Que tipo de perguntas? - questiona o delegado.

  - Ele queria saber como era dirigir um caminhão. E eu prometi pra ele que um dia daríamos uma volta e eu lhe ensinaria...

  - Continue.

  - Neste dia, ele foi levar o lixo sem a companhia da avó. E então me cobrou o passeio que havia prometido, era tão fascinante pro garoto que não se incomodava com o cheiro. Os outros quatro parceiros que trabalhavam atrás no caminhão pegando os sacos de lixo no chão espalharam-se pelas ruas estreitas onde o caminhão não conseguia passar. Aproveitando a oportunidade, abri a porta para o garoto entrar. Mandei ele ficar abaixado pois os outros não poderiam o ver.

- O moleque entrou pela porta em que eu estava sentado, quando subiu, tentando se apoiar, sem querer encostou a mão em meu pênis. Por um momento imaginei aquelas mãozinhas batendo uma pra mim.... Mas logo repreendi esse pensamento! O moleque tinha idade pra ser meu filho!

- Ajudei então ele a subir. Pra passar para o outro lado, o guri sentou no meu colo e foi se esfregando para chegar no outro banco. Quando ele sentou no meu colo e começou a sarrar, pude sentir sua bundinha encostar no meu pênis. Não vou mentir seu Japa, eu to arrependido eu juro, mas minha mulher só estava comigo por conta de nossos filhos, nossa relação já estava desgastada e o divórcio viria cedo ou tarde, já estávamos a 6 meses sem sexo e isso estava me sufocando. Aquele garoto estava sozinho, vulnerável... eu não tinha nada a perde seu Japa... - diz Souza soluçando aos prantos.

  - Engole esse choro e continua malandro, solta o verbo! Eu quero detalhes.

   - Ele estava abaixado. Coloquei sua mãozinha no meu pênis. Ele não entendeu. Disse que estava com dores musculares por dirigir o caminhão pesado, e que ele tinha mãos perfeitas para massagear. Inocente ele aceitou. Os outros coletores voltaram, jogaram os sacos na caçamba com aquela pressa característica de um lixeiro. Deixei que o garoto apertasse o botão do compactador de lixo do caminhão, desde que não deixasse de fazer a massagem. O garoto estava todo animado, se sentia um lixeiro, como se isso fosse um bom trabalho... Então prossegui dirigindo. 

  - E depois? 

  - Dirigi por mais meia hora, deixando o garoto apertar o botão do compactador. Ele se queixou de que já estava cansado de massagear, então deixei que parasse. Uma hora depois acabamos o trajeto e fomos para a Central. O horário dos meus colegas já havia sido cumprido, então foram embora. Eu ainda teria de levar o caminhão até o aterro para esvaziar a caçamba. Disse pro garoto que já podia se sentar direito no banco, já que o expediente dos outro havia acabado, e ele todo contente disse que eu já poderia ensiná-lo a dirigir. Mandei que sentasse no meu colo para sentir como era estar no banco do motorista, ele então sentou-se e parti para o aterro sanitário. No caminho, segurei nas costas de suas mãos e peguei no volante. Meu pênis começou a enrijecer com o movimento que a bunda do garoto fazia em cima dele... Então devagar, comecei a morder sua orelha e beijar o  seu pescoço, ele sorria, pois minha barba lhe fazia cócegas... E fomos brincando até o aterro.

  - Ao chegarmos, posicionei o caminhão e propus um passeio pelo aterro. Estava tudo muito escuro. Só se ouvia o grito dos corvos e urubus ecoando na imensidão de lixo e o fedor. Tirei a camisa, mandei o garoto tirar também, com a desculpa de que estava muito calor. O garoto tirou... Não sabia o que fazer naquele momento, pensei em voltar e deixar o garoto em casa, sua avó deveria estar tendo um infarto a estas horas, por outro lado se eu voltasse, seria denunciado por sequestro....  Mas já estava ali seu japa, com o queijo e a faca nas mãos. Peguei um pano velho e sujo num dos amontoados de lixo e chamei o garoto. Ele veio. Sem mais, sem pensar amordacei sua boca com tamanha força que pude sentir seu dente mole ainda de leite soltar-se por dentro. Ele gemia de dor tentando retirar, em vão. O joguei no chão e arranquei suas calças, e abaixei as minhas. Ele estava deitado de bruços no chão tentando escapar, então deitei sobre ele, agora não tinha meios para escapar. Abri sua bunda mirando seu ânus e empurrei meu pênis com força. Quando encaixei, ele se contorceu... Pude sentir a pele fina que compõe o ânus do garoto se rasgar... Primeiro ele ficou completamente estático, mas depois o choro tomou todo o aterro. O garoto estava desesperado, chorando, se debatendo. Quanto mais ele gritava com a boca amordaçada, mais prazer me proporcionava. Um louco prazer me fazia morder a sua pele. Morder até sentir sua carne entre meus dentes. Morder até sentir o sabor de seu sangue em minha boca. E então o enchi de mordidas por todo o colo, enquanto penetrava com força seu ânus. Acho que não aguentou, desmaiou. Continuei. O prazer não continuava o mesmo, mas por outro lado não havia mais choro ou tentativas de fuga. Quando estava prestes a atingir o orgasmo, retirei a mordaça e coloquei meu pênis repleto de sangue e fezes na sua boca. Gozei! 

  - Meu Deus! O que eu fiz! ... Não há como voltar atrás... Já está feito... Amarrei seus braços e pernas e atirei na caçamba do caminhão. O garoto acordou com o impacto e clamou por misericórdia mais uma vez, completamente debilitado. Seus olhinhos brilhantes me questionavam o porque de tudo isto... Fui até a caçamba para liberta-lo, mas meu subconsciente me alertava dos traumas que o garoto carregaria para o resto de sua vida... Então decidi acabar de vez com seu sofrimento. Me limpei e voltei pro volante, peguei meus fones de ouvido para não ouvir seus gritos e aumentei no último volume a canção I Wanna Be Sedate dos Ramones. Apertei seu botão predileto, o do compactador de lixo. O som estava muito alto nos fones, mas ainda sim podia ouvir os estalos de ossos, então cantava mais alto e balançava os cabelos como num show de Rock n' Roll!

   Já havia compactado. Dei marcha ré até uma das covas do aterro e esvaziei a caçamba, o resto era trabalho dos urubus, ratos e vermes. Fui para a central e tomei banho, por incrível que pareça não senti arrependimento... ou talvez ainda não havia caído a ficha.

   - Certo ... E porque decidiu se entregar, não é pai de família?

   Hunff ... suspira Souza.

   -  Peguei o primeiro ônibus e fui pra casa. Caí no sofá e por lá fiquei. De repente escuto minha filha gritar por socorro em seu quarto, corro para ver. Ela estava tendo um pesadelo e pediu para dormir comigo aquela noite... Eu tenho três filhas lindas, se um vagabundo tocasse numa delas eu juro que matava! Mas isso seria suicídio... Não posso mais conviver em sociedade, mereço sofrer o mesmo que o garoto sofreu... É só isso seu Japa.

   - Certo. pode levar esse aqui! - Diz o delegado para um do policiais.


Antônio Souza Neto de Paula foi condenado há 25 anos de prisão por sequestro, abuso sexual, homicídio doloso e lesões físicas e psicológicas. 

Foi assassinado na penitenciária de Franco da Rocha, SP, e encontrado com um cano PVC de 15cm de espessura e 70cm de comprimento introduzido em seu ânus.


Maria de Fatima Amaral (vô de Giovanni) faleceu por insuficiência cardíaca após receber a notícia de que o corpo de seu neto Giovanni Rodrigues de Amaral havia sido encontrado desfigurado num aterro sanitário.


Não se sabe o paradeiro de Luiza Neto de Paula. A mulher de Souza saiu da cidade após o ocorrido.

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